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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Hiroshima - A Cidade da Calmaria é o novo mangá da JBC



Quem diria hein, a Panini impressionou a todos com vários lançamentos no primeiro semestre do ano, e a JBC agora anos surpreende mais ainda em meados de 2010. Como vi num comentário num blog "A JBC / Panini quer sugar cada centavo nosso...", e com muita razão, lançando tantos títulos assim fica até difícil escolher.
O terceiro lançamento da JBC pelo selo Graphic Novel é Hiroshima - A Cidade da Calmaria, uma obra que conta a história de Minami Hirano e Nanani Ishikawa, duas jovens que vivem em cidades e tempos diferentes. Elas, porém, possuem algo em comum: mesmo anos após o holocausto nuclear, suas vidas ainda sofrem os efeitos da bomba lançada em Hiroshima em 6 de agosto de 1945.
Dados:

Hiroshima de Fumiyo Kouno
Edição única
Preço: R$ 19,90
Formato: 13,5 cm X 20,5 cm
Páginas: 112

A Autora:

Fumiyo Kouno nasceu em 1968 em Nishi Ward, Hiroshima. Graduada pela Universidade de Hiroshima, seu primeiro trabalho, Hana Machikado Dayori, foi publicado em 1995. Após concluir seus estudos, mudou-se para Tóquio, onde foi assistente de grandes autores como Katsuyuki Toda (Home Center Tenco), Aki Morino (Himitsu no Hanazono) e Fumiko Tanigawa (Homemade). Após a consagração com Hiroshima – A Cidade da Calmaria, em 2009 ela ganhou a premiação por excelência da obra no Japan Media Arts Festival por Kono Sekai no Katatsumi.

Assim como acontece com muitos japoneses, para ela também não foi nada fácil tocar em um tema tão delicado e ao mesmo tempo doloroso como a destruição de Hiroshima na Segunda Guerra Mundial. Tanto que, como ela mesma confessou em entrevista ao jornal The Chugoku Shimbun, procurava evitar ao máximo esse assunto. Mas em 2002, seu editor lhe propôs criar algo sobre a cidade. “Eu me sentia muito desconfortável para escrever sobre isso, mas se continuasse a hesitar, o receio não teria fim. Em algum momento, eu tinha de agir”, confessou.

Decidida a enfrentar sua própria relutância, Fumiyo começou a pesquisar o bombardeio. Mundialmente reconhecida, hoje ela acredita que criar a paz em nossas próprias vidas leva à ampliação da paz no mundo, e para isso incentiva a todos, orientais e ocidentais, a não dar as costas ao passado: “Não subestime aqueles que não sabem muito sobre a bomba atômica, tampouco pense que você sabe tudo sobre ela. Por outro lado, não creio que não possa aprender mais sobre isso. Tenha a atitude de conhecer mais, pois sempre há mais para saber.”

História

Hiroshima – A Cidade da Calmaria narra duas histórias comoventes e que estão interligadas pela mesma sombra que recaiu sobre a cidade em 6 de agosto de 1945. Trata-se de dois contos de ficção, mas que estão bem próximos da realidade.

A primeira história mostra a Hiroshima de 1955, dez anos após o ataque nuclear, tempo em que a jovem sobrevivente Minami Hirano segue uma rotina normal, mas ainda se vê assombrada pelas terríveis lembranças daquele dia.

A segunda parte da graphic novel acontece entre fins da década de 1980 e início dos anos 2000 em Tóquio, onde Nanami Ishikawa vive com sua família. Apesar de distante de Hiroshima, a vida dessa personagem também é marcada pelas consequências do passado. Aliás, este é o propósito da autora: mostrar as consequências da bomba nuclear e como elas influenciam, até hoje, a vida dos jovens japoneses, tenham eles ancestrais vitimados ou não.

Personagens

Minami Hirano
É uma jovem sobrevivente da bomba nuclear que caiu sobre Hiroshima em 1945. Dez anos após o ocorrido, Minami tenta levar uma vida normal, assim como muitas vítimas. As marcar deixadas pelo passado muitas vezes a leva a questionamentos e ao sentimento de culpa por ter sobrevivido. Porém, apesar desse conflito interior, Minami tenta seguir uma rotina tranquila, trabalhando em um escritório de arquitetura e cuidando de sua mãe.

Nanami Ichikawa
É uma garota que nasceu e cresceu em Tóquio.Alegre e espevitada, faz parte do time de beisebol da escola e não costuma fugir de brigas. Mas apesar de ter tido a sorte de nascer muito tempo depois da destruição de Hiroshima, ela é uma entre tantos jovens que vivem as tristes consequências deixadas pela bomba nuclear.



Por Amauri
Twitter: @amauripump
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